Essa foi a conclusão de um aluno meu que é originalmente
guitarrista.
Pra quem não conhece o termo, “tirar música” é quando você
tem que estudar uma música pra tocar/cantar.
Guitarristas estão acostumados a estudar as músicas nos
mínimos detalhes, escutar os acordes, ouvir solos nota por nota, treinar os
fraseados e escolher a melhor forma de execução, selecionando em seu leque de
opções técnicas a que mais se adapta ao que a música pede.
Demais instrumentistas também estão sempre atentos aos
timbres, formas de tocar e o famoso “feeling”, aquela interpretação final que
dá sentimento à música. Até mesmo adquirem novas peças, pedais, cordas, peles,
pratos e instrumentos para se adequarem mais ao som desejado.
Mas e o vocalista? É só ler a letra e cantar no ritmo. Ao
menos é isso que a maioria dos músicos sempre disseram nos ensaios e reuniões
de bandas que já presenciei, e pior, muitos responsáveis pelos microfones
pensam o mesmo.
Por isso a importância de um aluno que toca guitarra entender que quando um cantor tem uma música pra “tirar”, ele precisa estudar também, e muito.
Por isso a importância de um aluno que toca guitarra entender que quando um cantor tem uma música pra “tirar”, ele precisa estudar também, e muito.
Mas estudar o que? Lembra da postagem de ontem sobre os fatores
que determinam o “bom canto”?
É preciso estudar onde, quando e como vai respirar, como vai
usar o apoio respiratório de forma mais eficaz. A articulação das frases e
sílabas é a mais adequada? Talvez existam algumas consoantes que estejam
atrapalhando o resultado final (muito comum). E os registros vocais, qual usar?
É importante saber onde o som pede mais TA, onde pede mais CT, onde pede o
trabalho dos dois em conjunto, etc. E a postura durante o canto, está legal? Tem alguma parte se intrometendo e atrapalhando o bom fluxo da voz? Com os problemas identificados e as estratégias de solução traçadas é só treinar, fazer com que seu corpo memorize
esses dados todos para na hora não ter que ficar pensando na técnica e deixar o "feeling" aparecer.
Uma estratégia muito interessante é isolar as dificuldades.
Se o problema é respiração, vamos treinar só isso, se é articulação, se é
agudo, se é grave, pode estar com força demais, pode estar com força de menos.
Isole o problema do resto.
Esqueça letra, esqueça até a melodia as vezes. Tirar uma música é um trabalho minucioso e complexo (quando a música exige, algumas não são grandes desafios) e deve ser feito com dedicação, persistência, atenção e muita, muita sabedoria, pra entender qual o problema e como contorná-lo.
Uma boa dica é não ficar cantando a música inteira várias e várias vezes pra tentar resolver uma frase que não está legal. Se você identificou o problema em uma frase, uma estrofe, mire seu tempo nesse trecho e depois some com outro trecho, e outro até completar a música. Dificuldades resolvidas? Então é hora de passar a música completa e ver se tudo o que foi treinado separado se encaixa, fazer os ajustes finais e aí, é só curtir.
Esqueça letra, esqueça até a melodia as vezes. Tirar uma música é um trabalho minucioso e complexo (quando a música exige, algumas não são grandes desafios) e deve ser feito com dedicação, persistência, atenção e muita, muita sabedoria, pra entender qual o problema e como contorná-lo.
Uma boa dica é não ficar cantando a música inteira várias e várias vezes pra tentar resolver uma frase que não está legal. Se você identificou o problema em uma frase, uma estrofe, mire seu tempo nesse trecho e depois some com outro trecho, e outro até completar a música. Dificuldades resolvidas? Então é hora de passar a música completa e ver se tudo o que foi treinado separado se encaixa, fazer os ajustes finais e aí, é só curtir.
Imprimir a letra e ouvir a música no carro a caminho de um
ensaio ou apresentação dificilmente vai te dar um bom resultado. Depois não
adianta culpar o retorno, o dono do bar, o pastor, o Big Mc que você comeu no
almoço, etc.
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